O RH 4.0 - O que mudou na gestão de pessoas com a 4ª Revolução Industrial?
Atualizado: 21 de Mai de 2020

De uma abordagem contábil ao foco no indivíduo, a gestão de pessoas passou por uma transformação vital nas últimas décadas. Com o advento da 4ª Revolução Industrial, a internet das coisas, automação, inteligência artificial, Cyber sistemas, a otimização de processos produtivos, nunca foi tão importante focar em pessoas, no seu desenvolvimento enquanto ser humano e nas estratégias de gestão humana.
Para termos uma ideia prática de toda essa evolução:
Até 1930 - Visão Contábil - A gestão de pessoas tinha uma abordagem de custo da compra da mão de obra, na visão contábil.
De 1930 até 1950 - Visão Legal - A gestão de pessoas passa para a abordagem legal, ou seja, foco nas leis trabalhistas.
De 1950 até 1965 - Visão Tecnicista - A gestão de pessoas tem seu foco em recrutar, selecionar , cargos e salários e nas funções gerenciais no modelo industrial.
De 1965 até 1985 - Visão Administrativa - Da burocracia, para foco no indivíduo tático e nas relações sindicais.
De 1985 até os dias atuais - Visão Estratégica - Foco no planejamento estratégico na retenção de talentos e desenvolvimento do capital humano na aplicação das novas tecnologias para aumento de produtividade.
A primeira vez que o termo 4ª Revolução Industrial surgiu foi na na Feira de Hannover, em 2011, a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia.
Essa nova realidade trouxe tantas mudanças que o conhecido RH precisou fazer adequações urgentes, usar novas metodologias mais ágeis para mudar uma área que era antes vista como burocrática e se tornar um apoio estratégico que de fato retenha e valorize o capital humano e promova o atingimento dos resultados nas organizações.
Diferente das três revoluções anteriores, esta não é caracterizada apenas pelo desenvolvimento de novas tecnologias. É muito mais do que isso, chega a ser assustador, vivemos a fusão das tecnologias entre si, muito tênue as linhas que separam os mundos físico, digital e biológico.
Com tanta automação, ferramentas tecnológicas o fator humano precisará se adaptar e desenvolver para se encaixar nesse novo modelo. É imprescindível acompanhar as novas necessidades e capacitar as pessoas para atenderem aos novos processos. Os maiores desafios do RH 4.0 serão: reter e engajar colaboradores, gerir talentos, gerir conflitos, aumentar a produtividade, tendo em vista que os funcionários exigirão mais reconhecimento e valorização.
Com a eliminação quase que total da burocracia e das atividades manuais, colaboradores poderão utilizar seus talentos, tempo e criatividade para apoiar a empresa em outras necessidades. É hora da liderança incentivar e dar liberdade para novas ideias e processos criativos, além de delegar novos desafios, desenvolvendo assim laços de confiança e motivação, o que favorecerá o desenvolvimento de novas competências. E, por falar em competências aqui vai uma lista das competências que deverão serem desenvolvidas para se adaptar ao novo modelo de gestão 4.0:
- Flexibilidade;
- Formação multidisciplinar;
- Relacionamento interpessoal;
- Percepção e sentimento de urgência;
- Visão técnica e sistêmica de processos;
- Capacidade de coletar e lidar com análise de grande volume de dados;
- Liderança positiva;
- Transparência;
- Responsabilidade social e compromisso com a preservação do planeta meio ambiente;
- Informalidade e zero burocracia;
- Princípios éticos e morais elevados;
- Comprometimento com a inovação;
- Ênfase no autodesenvolvimento sistêmico e permanente de todos os seus colaboradores;
- Trabalho em equipe;
- Crescimento autossustentado etc.
Tudo isso para se adaptar a um novo formato de gerir pessoas. E, quais são as tendências do RH 4.0?
- Menor tempo no trabalho - Jornadas menores de trabalho e home office, o uso de tecnologias permite fazer mais em menos tempo, reduzindo a necessidade de ficar longos períodos no escritório.
- Colaboradores contratados com o perfil exato para sua função - Cada vez mais ferramentas de análise de perfis são utilizadas para aumentar as chances de adequação às vagas o que diminui absurdamente as taxas de turnover e aumentam aderência e satisfação com os cargos ocupados. Levando em consideração que se contratava 100% por perfil técnico e que 87% das demissões são por perfil comportamental, já estava na hora de se analisar profundamente uma contratação com base em testes comportamentais.
- Liderança 4.0 - Cada líder é um gestor de pessoas, com foco no desenvolvimento de sua equipe, harmonização do ambiente de trabalho e desenvolvimento de novas competências. O Líder 4.0 tem o papel de unir a equipe e utilizar todos os recursos humanos e tecnológicos para alcançar os objetivos organizacionais de forma parceira e colaborativa.
- Gestão na nuvem - O foco é acabar com a papelada e desenvolver a capacidade de fazer tudo na nuvem. Para colaboradores mais jovens uma facilidade, para os mais antigos um super desafio. Sobretudo fazer coexistir a gestão independente da idade.
- Uso da inteligência artificial - automação de processos a possibilidade de fazer mais
com menos tempo.
- Maior investimento e necessidade de especialização dos colaboradores tanto para lidar com as novas tecnologias quanto para propor soluções criativas e diferenciadas para o crescimento de sua empresa;
- Foco em contratar, reter e treinar colaboradores que amem tecnologia e sejam inovadores que gostem e defendam as mudanças organizacionais.
Muitos perguntam se toda essa tecnologia e transformações não irão aumentar o número de desempregos, eu afirmo categoricamente que o fator desemprego não se dá às mudanças tecnológicas, já passamos por 3 revoluções, essa é a quarta e o ser humano precisou se adaptar em todas elas, o ponto está na ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS. Afinal mais forte é quem se adapta!
Toda mudança demanda desenvolvimento para ser acompanhada. Fica muito claro que se quisermos nos adaptar precisamos nos desenvolver.
Sou especialista em gestão estratégica de pessoas para pequenos e médios negócios e vejo muita dificuldade tanto no empresário/gestor, quanto nos colaboradores em buscar desenvolvimento para se adaptar às mudanças. Infelizmente ainda ouço de muitos que sempre foi assim, para quê mudar? Que a empresa veio bem até hoje do jeito que está, não vou mudar nada. Eu apenas aceno que é uma escolha com grande risco de prejuízo.
É importante que todos (empresários, gestores, colaboradores) entendam que o risco de falência e desemprego vem não das mudanças provocadas pelas revoluções que passamos e sim pela falta de preparo e investimento em desenvolvimento, adequação de mais uma vez, ADAPTAÇÃO.
Passamos da era industrial, mecanização, maquina à vapor e carvão do século XVIII , pela produção em massa e linha de montagem do século XIX, pela computação e automação do século XX à atualmente a era da colaboração, internet das coisas, nuvem Cyber sistemas nano tecnologia, em todas essas mudanças precisamos nos desenvolver e nos adaptar para crescer com elas.
O RH 4.0 é um agente transformador dentro das organizações, uma ponte entre o modelo de gestão atual e o modelo 4.0, desenvolvedor de talentos, promotor de produtividade e coletividade . É também um agente de satisfação funcional já que incentivará a flexibilidade em projetos e horários. A automação trará mais tempo para esse colaborador investir em novas soluções, também exigirá maior preparo para assumir e se encaixar nas novas oportunidades. Veio para unir mundos, gerar benefícios para empresas e colaboradores, otimizar tempo e desenvolver pessoas mais qualificadas técnica e comportamentalmente.
E você está se preparado?
Conte conosco para apoiar a você e sua empresa para a implantação de um RH 4.0 inovador e gerador de muitos resultados!
Flavia RHamos
Gestão de Pessoas Estratégica e Descomplicada
Instituto Flavia Rhamos
Desenvolvimento Humano e Organizacional
www.institutoflaviarhamos.com.br
flavia.rhamos@flaviarhamos.com.br
11 96392-1781 | 11 2386-0376
Instagram: @flavia.rhamos | @institutoflaviarhamos